As Europeias continuam a dar muito que falar. Contudo, um outro assunto merece referência neste blogue, apesar de já ter saído dos holofotes da comunicação social e da comunidade internacional: a sucessão de Kim Jong-Il.
O distinto líder da Coreia do Norte, estandarte da liberdade e da democracia, faz jus a estas qualidades e aponta como seu sucessor o seu filho, terceiro pela ordem de nascimento, Kim Jong-Un. Com uns jovens 26 anos e uma formação numa escola internacional na Suíça, Kim Jong-Un não era, até há bem pouco tempo, visto como potencial sucessor do seu pai – as expectativas centravam-se no filho mais velho, muito envolvido na política do país, ao lado do papá.
Com uma clara perspicácia estratégica, que o derrame cerebral não prejudicou, Jong-Il aproveitou o momento em que sente o seu poder e influência reforçados no país, resultado da política nuclear que atemoriza todo o mundo, para fazer esta nomeação. E se os seus problemas de saúde, escondidos por um regime opaco, levaram a dúvidas relativamente à continuação do exercício do poder e à sua eventual sucessão, ora acabaram aqui essas mesmas dúvidas.
Apesar de ter que ter cuidado com rivais do Partido dos trabalhadores e das Forças Armadas, num país descontente com a miséria que atravessa, Jong-Il fez uma jogada inteligente, que pode salvar, por mais uns tempos, a sua dinastia. Dizem que Jong-Un é mais radical que o pai - o mundo aguarda com expectativa.
É quase hora dos norte-coreanos mudarem os crachás com a cara de Kim Jong-Il para a do seu benjamim.
Usando a expressão popular, "as moscas mudam, a porcaria é sempre a mesma". Ou não, dependendo da actuação da comunidade internacional.
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