segunda-feira, 8 de junho de 2009

A derrota da Europa

42,94%. Esta apresenta-se como a mais baixa afluência às urnas verificada em 30 anos de eleições europeias directas, um sufrágio marcado ainda por uma vitória expressiva dos partidos de direita sobre os socialistas e por um avanço dos partidos de extrema-direita, anti-imigração e nacionalistas, aproveitando o medo e a incerteza que varrem a Europa.
Se o pretenso Tratado de Lisboa advoga um incremento dos poderes do Parlamento Europeu, tais preocupações apresentam-se ainda como distantes do eleitorado europeu, cujo eurocepticismo parece ter sido alimentado por campanhas também elas distantes da Europa.
Para os portugueses, contudo, parece não ter sido suficiente uma campanha marcada, quase em exclusivo, por intrigas nacionais. Não. A necessidade obstinada e grotesca de repisar as amarguras nacionais, em discursos alheios às grandes questões europeias, revelou-se constante entre os protagonistas da noite eleitoral. Uns marcados pela decepção da sua prestação – consequência (previsível) de mais uma escolha desastrosa de José Sócrates – outros pela euforia de terem concretizado os seus propósitos. Mas todos eles imbuídos pela mesma pequenez de espírito, menosprezando aquela que deveria ter sido a verdadeira protagonista da noite – a Europa. É assim de espantar (ou talvez não), perante este cariz nacionalista (qual PNR) que José Sócrates se tenha recusado a extrapolar qualquer conclusão para o plano legislativo, desvalorizando a componente nacional deste sufrágio. Face ao ridículo da situação, apresenta-se quase como que plausível que Ricardo Araújo Pereira se contasse entre os comentadores daquele que deveria ter sido um dos momentos mais intensos da vida política europeia, o dia eleitoral.
Perante isto, “como contrariar o desencanto crescente dos eleitores com a Europa e com as elites políticas que os governam e que a governam” (Teresa de Sousa, Público, Ano XX, n.º 7006)? Como fazer com que os europeus acreditem novamente no sonho que os fez erguer dos escombros da Guerra? Mas, como convencer os outros daquilo que nem nós próprios acreditamos?

14 comentários:

  1. A descredibilização da política é a principal culpada da abstenção! A leviandade com que se tratam os assuntos políticos, a profissionalização da política, os lobby’s que ditam a dança de cadeiras no poderes… tudo isto (e muito mais) tornou-se um óptimo repelente de eleitores! Sinceramente, não acredito que seja um fenómeno exclusivo das Europeias, mas sim um fenómeno fruto da poeira que os políticos levantam ao longo das campanhas… da falta de ideias e propostas, dos programas confusos (ou irrealistas), nos debates mal conseguimos entender o que um diz porque o outro não se cala... no fundo há todo um conjunto de problemas (ou estratégias) que afastam os eleitores! Pessoalmente não as vejo como problemas mas sim como uma clara estratégica política.

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  2. Sim, em parte isso é verdade - há esse problema estrutural de um sistema que cria muitas dúvidas e cepticismo. Contudo, não podemos ignorar a crescente individualização presente nestas sociedades pós-modernas. Reparem que, actualmente, independentemente do âmbito sobre o qual estejemos a falar (neste caso, a política), a maioria da população recusa-se a extrapolar o seu círculo individual - não há o outro, não há a sociedade, não há o mundo, não há uma responsabilidade civil. É certo que determinados políticos "dificultam" um empenhamento sério na "coisa política", mas para quem nem sequer acompanha ou quer saber, isso é irrelevante - não participam e ponto. E esses merecem ser assim governados.

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  3. só para vos parabenizar pelo blog e fazer uma pequena sugestão de links, porque penso que se encaixam bem na temática:
    www.euronews.net
    www.tv5.org ( em francês)
    www.dw-world.de ( com noticiário / magazines em alemão e inglês)

    Continuação.

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  4. André não creio que seja realmente um problema de ensimesmamento dos indivíduos...

    Não tens um Estado ao serviço dos indivíduos mas um Estado paternalista. Um "ditador benevolente" que (diz) sabe(r) melhor que tu aquilo que é melhor para ti. Que se reserva o direito de decidir por ti... E de te proteger qualquer que seja a tua aflição (com dinheiro retirado coercivamente de outros indivíduos). Falavas de contradições no teu outro artigo, mas ir votar E aceitar essas competências do Estado é também uma contradição...

    Não sei... Talvez os abstencionistas estejam a ser coerentes.


    P.S.:(Não achas assustador que os partidos gritem vitória não tendo obtido nem meia-dúzia de votos em número absoluto? Demonstra bem que não estão minimamente preocupados com Ideias e Convicções...)

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  5. A política tornou-se cada vez mais uma questão pragmática - poucos ideais, mas muito marketing. Não interessa no que se acredita, interessa quantos se consegue convencer.

    A questão de votar não é um paradoxo. É uma questão de pragmática. Provavalmente, a eleição de um ou outro partido não altera a vida do comum dos mortais assim de forma tão diferenciada, mas o que é certo é que esse é um direito que nos assiste - o de sermos representados. E essa representação implica a aceitação dessas mesmas competências do Estado. O Estado decide por mim, mas é disso mesmo que falamos quando nos referimos a uma democracia representativa - tem falhas, mas representa-nos e tem esse direito por nós conferido.

    O Estado pode, eventualmente, ser um "ditador benevolente", mas é essa mesma a sua função - repara que nos mercados financeiros ele tem-se ausentado desse papel e o resultado está à vista - eu não sou comunista e aceito que o homem comum é inteligente e perspicaz, mas nem sempre essa inteligência é usada para o bem comum, que é, afinal, o ojectivo último da política. O Estado deve intervir, até certo ponto, para reequilibrar aquilo que às vezes parece querer ceder.

    Votar em branco, sim. Não votar é desinteresse - não podemos iludir-nos que é por princípios e reflexões filosóficas (6 milhões de portugueses com reflexões tão profundas e princípios tão nobres é mais do que aquilo que qualquer um poderia sonhar para este país)

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  6. André, temos visões completamente díspares tanto das funções do Estado como do ser humano em geral.

    Democracia é, dos sistemas desenvolvidos, aquele que minimiza(ria) todo um conjunto de problemas, nomeadamente ao nível de interesses especiais (não os elimina). Mas as maiorias NÃO têm nenhuma superioridade psico-epistemológica! Se votarmos todos que amanha chove, não é por isso que choverá; se votarmos todos que tu deves ser enforcado, não o serás uma vez que a constituição o proíbe PORQUE direitos fundamentais não estão abertos a discussão e muito menos a voto.

    E é no que toca a direitos que me parece que discordamos (tudo o resto são implicações desta discórdia primeira). Para mim o único direito fundamental é a liberdade de PROCURAR (diferente de TER) a subsistência e felicidade. As funções do Estado prendem-se com tornar isso possível na esfera das relações humanas, nomeadamente defendendo os cidadãos do uso da força física e arbitrando questões contratuais etc. (O Estado tem o monopólio do uso legal da força). Creio que para ti os direitos fundamentais são coisas como TER habitação, educação, amor, segurança, etc. Para mim isso são direitos potenciais, que prosseguem daquele.

    Não existe bem comum que aquele obtido pela cooperação voluntária de indivíduos honestos. A sociedade é apenas a soma de indivíduos no que toca a questões de bem-estar já que não tem uma consciência própria. (Isto não é negar que é um organismo com características próprias. Refiro-me apenas a questões de bem-estar) Um mau entendimento disto cria todo um conjunto de violações, tudo justificado em sede do "bem comum" (que é sempre o bem de todos menos eu).

    Quanto aos MFinanceiros tenho uma opinião muito forte e que não cabe aqui. A seu tempo discutiremos isso. Mas não é excesso de liberdade / desregulação na economia que traz as crises... Se eu te amarrar os braços e as pernas e te meter num edifício a arder, não creio que te safes sem chamares por mim. Depois posso sempre argumentar que tenho de te controlar porque não és capaz de te livrar sozinho... Lembra-te que a Despesa Pública é 50% (Banco de Portugal, INE) do PIB, fora as distorções causadas por subsídios e impostos na esfera económica. Além disto, a dívida pública é altíssima e os Bancos Centrais têm grande influência directa sobre os Mfinanceiros. Faz assim tanto sentido falar num "Estado ausente"?

    P.S.: Falas bastante de pragmatismo. Quando tiveres tempo vê esta palestra, "The Menace of Pragmatism" por uma professora da Universidade do Texas. http://www.aynrand.org/site/PageServer?pagename=reg_ls_pragmatism

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  7. Perante esta abstenção massiva (na Eslováquia atingiu os 86 por cento!), o facto de Durão Barroso dizer que "o Parlamento Europeu tem cada vez mais importância" é, no mínimo, anedótico. Talvez não para ele, que foi, sem dúvida, o grande vencedor das Europeias, com a esmagadora vitória do PPE em quase todos os 27.

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  8. Joana Castro Pereira11 de junho de 2009 às 13:01

    Concordo plenamente com o André.

    É verdade que a política em si está, não por mero acaso, desacreditada/descredibilizada. A política como espaço de debate de ideias, através do qual se procura uma construção positiva de soluções está, cada vez mais, a dar lugar à chamada "política de oposição por oposição". A construção de pontes parece não passar de uma utopia, uma vez que os políticos se afiguram prisioneiros de uma lógica oposicionista destrutiva - muitas vezes, não importa que o partido x até proponha algo com o qual o partido y poderá eventualmente estar de acordo; a lógica dominante parece ser a da acusação/destruição, isto porque, pura e simplesmente, se o partido y se encontra na oposição, então terá obrigatoriamente de contrariar o partido x. Esta é uma postura que coloca, claramente, sérios entraves a um exercício credível da actividade política.

    Como dizia o André, a política parece agora uma questão numérica - há que conseguir o maior número de votos possível, independentemente daquilo em que se acredita. Assistimos assim a debates políticos marcados por acusações constantes, dos quais não somos capazes de retirar uma única ideia.

    Se tudo isto descredibiliza a política, a verdade é que, infelizmente, vai também ao encontro daquilo que algumas pessoas querem/gostam de ver. Para muitos, é bem mais interessante assistir a uma 1h de insultos e acusações, do que seguir um debate sério, onde sejam discutidas ideias concretas (obriga ao exercício do raciocínio e é deveras aborrecido).
    A verdade é que muitas pessoas não se interessam, independentemente da postura adoptada pelos políticos. Esta só serve para legitimar tal desinteresse - estou certa de que todos já terão ouvido, mais que uma vez, a seguinte frase: "Não quero saber da política e não vou votar...são todos iguais!"
    Na verdade, este tipo de "argumentos" está associado a quem não sabe, sequer, distinguir Direita e Esquerda...(conheço casos destes).

    Estamos então diante de um duplo problema: nem os políticos actuam de acordo com o seu papel, nem a maioria dos eleitores demonstra o mínimo interesse pelas questões políticas. Ouvimos queixas constantes, mas o certo é que uma percentagem bastante significativa da população não mexe um dedo...

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  9. O que a Joana disse encontra, em mim, um apoiante.

    É óbvio que a política se encontra desacreditada pela falta de seriedade dos seus principais actores..e sim,o povo português também faz parte desse conjunto de actores(diga-se o que se disser, vivemos numa democracia, não poderia ser de outra forma). Acho que nos encontramos impossibilitados de determinar se toda esta ineficácia política se originou de cima para baixo (a má conduta da elite política levou à falta de interesse da população, em geral) ou de baixo para cima (a elite política viu-se na posição de explorar os seus privilégios, consequência da falta de interesse da população e, por isso, escasseamento do controlo das acções da elite política). A única certeza que podemos ter é que ambos os fenómenos se encontram, actualmente, a ocorrer concomitantemente.

    Posto isto, considero que a falta de classe dos nossos políticos não é, nunca, uma desculpa para o desleixo da população portuguesa no que se refere à participação política. Acho que é (deveria ser) mais que sabido que aquilo que não está bem não pode ser modificado através da inactividade. Se houver um protesto a fazer, vote-se nulo (não branco, porque, como a Joana já num outro comentário mencionou, pode não ter o significado de protesto). O facto de uma pessoa nem sequer se dar ao trabalho de sair de casa para fazer um ou dois riscos numa folha não é um sinal de protesto, mas sinal de preguiça.

    Quero ainda aproveitar para mostrar o meu desagrado com muitos daqueles que, de facto, votaram. Em vários países da UE, os partidos da Extrema-Direita viram a sua posição reforçada. Ora, isto, além de ser uma incomensurável hipocrisia,pode ser (mas desejo profundamente que não seja) um sinal perigoso. Como é possível que alguem que seja anti-europeu se possa candidatar às eleições europeias? Como é possível que haja tanta gente a votar nesses partidos? As mesmas pessoas que tanto se queixam da falta de unidade e força das políticas da UE estão agora a fornecer armas àqueles que mais interesse têm em enfraquecer esta instituição.
    Nisso (porque nem tudo é negativo!), os portugueses estiveram à altura. Entre abstenção acima da média e votação significativa a favor de um partido de Extrema-Direita..viva a abstenção!

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  10. Creio que estão a exagerar...

    Digam-me, sinceramente, qual o objectivo de ir votar? Não há candidatos preocupados com ideias, o sistema é corrupto, não há no boletim de voto alternativas sérias, o Estado é um poço de imoralidade e o voto em branco/nulo recebe a interpretação que convier...

    Eu fui votar porque valorizo (ainda) esse acto. Claro que votei em branco... Só votaria em algum partido ou se concordasse com as ideias (mas não há ideias) ou se ele contrapusesse alguma força violadora das minhas convicções (não há nenhum que o faça).

    Considero o voto em branco mais simbólico do que o nulo (a própria palavra... "Nulo", ie "que nada vale"...).

    Concordo com o André quando diz que muita gente não vai votar não por convicção mas por desinteresse. Contudo identificar abstencionismo com preguiça ou falta de convicções parece-me excessivo.

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  11. Joana Castro Pereira11 de junho de 2009 às 22:58

    Diogo,

    Votaste em branco porque não te revês nas ideias (ou falta delas) e porque consideras que nenhuma força política poderia contrapor as tuas convicções. Como tal, o teu voto acabou por reflectir indiferença face às diferentes alternativas. No entanto, é um voto legítimo, é perfeitamente plausível que não te revejas em nenhum dos programas eleitorais e, portanto, não optes por nenhum deles. Esta indiferença não tem de ser negativa, muito embora, em alguns sistemas eleitorais, somem os votos em branco ao número de votos angariados pelo candidato vencedor (é este o simbolismo do voto em branco em alguns países...).
    O voto nulo, como já referi num outro comentário, traduz-se numa recusa clara em optar por um dos candidatos. É um protesto. Ora, com tantas queixas e lamentações em Portugal (muitas delas legítimas), porque não protestar através do boletim de voto? Se todos os portugueses que protestam diariamente (verbalmente) desenhassem uma grande cruz no boletim de voto, talvez iniciássemos um novo ciclo...quem sabe...Já para não falar numa participação nos movimentos cívicos que têm surgido e que, a meu ver, merecem uma oportunidade. Enquanto não agirmos, teremos pouca ou nenhuma legitimidade para criticar.

    Votar é um direito e um dever. Parece-me que, ao questionar o objectivo do voto, estamos a questionar muito mais que isso...Se considerarmos que a democracia, embora com as suas falhas, é o sistema mais perfeito até hoje, devemos então utilizar as armas (mais ou menos eficazes, não é isso que está aqui em causa por enquanto) que ela nos proporciona. O voto é uma delas.

    E, na minha opinião, havia sim uma alternativa séria no boletim de voto - o MEP. ;)

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  12. Então, mas desinteresse, preguiça e falta de convicções são, várias vezes(se não constantemente), sinónimos no que se refere à política. É facílimo culpar os outros pela nossa preguiça e pelo nosso desinteresse, no entanto, a verdade é que muitos não se dão (nem se querem dar, porque a política, pelo que dizem, é só para ladrões) ao trabalho de explorar as oportunidades que lhes são apresentadas. Se uma pessoa não se interessa e, consequentemente, não exige mais dos seus eleitos porque não espera mais deles, como se pode esperar que as coisas melhorem?

    Um bom exemplo é, por exemplo, a vida de estudante. Encontramos, por vezes, professores que nos aborrecem, que não sabem ensinar, sem qualquer vocação para o cargo que exercem. E então, que fazemos? Pomos os livros de lado, porque o professor não nos encorajou a estudar? Obviamente que não, porque sabemos bem que não advirão daí quaisquer benefícios.

    Respeito a simbologia que dás ao voto em branco, mas, verdade seja dita, tu próprio deixaste transparecer que votaste assim, não em sinal de protesto, mas porque te era indiferente. Quer se concorde com a semântica que a palavra "nulo" transmite, quer não, o verdadeiro significado de protesto está inerente ao voto nulo.

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  13. Joana:

    Concordo contigo! Mas como a nossa conversa também deixa claro, o próprio significado subjectivo do voto branco/nulo nem sequer está bem alinhado. O que eu queria sobretudo salientar é que a abstenção não é necessariamente falta de convicções. Pode também ser forma de protesto e indiferença face àquele cabaz de possibilidades (o que não é o mesmo que indiferença a ideias).

    Quanto ao MEP... Concedo-te que é um partido que, na sua juventude, ainda tem uma queda para os ideais. Mas não só não me revejo neles (creio ser fácil perceber porquê, basta ler-me acima), como prevejo que os perderá mais tarde ou mais cedo (vai "ajustá-los").

    João

    Sim! Era-me totalmente indiferente que ganhasse qualquer um naquele boletim (excepto os de extrema direita e esquerda, mas esses, pelo menos por enquanto, não são ameaça) porque representam todos a mesmíssima coisa (minha óptica). Isto não é o mesmo que ser indiferente ao que eles fazem ou às suas (falta de) ideias.


    Resumindo, a vossa resposta é: vale a pena ir votar porque, no limite inferior, é uma forma real de protesto, por oposição à abstenção, mais equacionável com a indiferença ou até falta de convicções. Além disto, com o voto não só respeitamos o regime democrático como temos um pouco mais de coerência moral para questionarmos e criticarmos o que se passa, já que tomámos uma posição activa (e não passiva) de protesto quando tivemos oportunidade.

    Dou-vos razão! (E daí eu ter votado!) Mas repito que pretendia sobretudo sublinhar que a identificação de abstenção com falta de convicções é excessivo.

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  14. Txi.. Mas que discussões tão interessantes se desenvolvem neste nosso humilde blogue! :P

    Em primeiro lugar, deixem-me só agradecer por manterem viva a discussão e por exporem aqui as vossas ideias. Felizmente, estamos a contrariar a tendência de "vácuo ideológico" que temos apontado ao nosso país.

    Em segundo lugar, e sem querer entrar em muitos pormenores, porque penso que o fundamental foi dito, gostaria de dizer que subscrevo, como é natural, a posição da Joana e do João, apesar de aceitar, até certo ponto, a do Diogo - é legítima, apesar de discordar dela, como já expliquei.

    Para terminar, gostaria apenas de defender que o voto é, simultaneamente, um direito e um dever. A democracia, independentemente da nossa posição ideológica, exige essa participação. E por muito que não nos revejamos em pessoas ou partidos específicos, o voto em branco é sempre uma boa opção. Participar é importante, independentemente da posição. Votar é fundamental. Ficar em casa é nada. Nem interesse, nem desinteresse. Simplesmente é nada. Não contam. Estão fora da dinâmica do país; estão fora da possibilidade de criticar seja o que for, porque faltaram. Para mim, isso é nada.

    Obrigado a todos pelos comentários! :)

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