sábado, 6 de junho de 2009

Eles, os candidatos europeus?

Ontem, na RTPN, decorreu o último debate entre os candidatos às europeias. Era em diferido, porque resultou de uma transmissão da Antena 1, moderada por Maria Flor Pedroso. Não estavam lá todos os cabeças-de-lista, mas, pelo decurso do debate, agradeci a quem tinha limitado os participantes a 5: PS, PSD, BE, CDU, CDS-PP.
O " "debate" " durou uma hora. Até aqui, tudo muito bem e pedagógico. O problema surgiu logo nos primeiros minutos, depois de uma questão introduzida pela moderadora. O encontro, como já referi, era sobre as europeias. Porque não gastar, então, 20 minutos a falar do....... BPN? É isso mesmo! Quase meia hora, quase meio programa, balbúrdia e acusações partidárias não faltaram! Às tantas, tinha-me esquecido do propósito da transmissão.
Evidentemente, quase no final, Maria Flor Pedroso comenta: "Eu adoraria ter colocado aqui a questão da Turquia, mas os senhores demoraram tanto tempo a falar de outras questões (...)" Eu diria que o BPN à beira da Turquia é muito mais apelativo e fundamental para a Europa. Integração europeia? Naaa... Vamos falar do BPN! E atirar as culpas para o PSD e para o PS!
Quanto à questão da reeleição de Durão Barroso, Vital Moreira vacilou. E muito. Aliás, como o fez durante várias vezes (mas esteve muito bem acompanhado no terreno das vacilações) - escolha não muito acertada, eu diria. Até porque o professor passou o debate a arranjar casamentos entre o CDU e o PSD, o BE e o PSD,... Enfim. O nosso casamenteiro considerou "ternurenta esta cumplicidade entre o CDU e o PSD. É uma ternura." Devo dizer que Vital Moreira também foi uma "ternura" durante todo o debate.
Mas há um último aspecto que não posso deixar passar: e que é a nítida diferença entre 2 blocos: o PS, o PSD e o CDS contra o BE e a CDU; não me refiro a espectros políticos, mas à experiência que tanto Miguel Portas como Ilda Figueiredo têm e que se tornou claríssima - ambos discutiram a Europa, ambos têm visões muito claras e pragmáticas do que acontece lá e, independentemente da sua ideologia, a sua noção da realidade europeia ultrapassa em muito a dos restantes candidatos, cujas discussõezinhas caseiras de política nacional e rivalidades partidárias deitam tudo a perder.
Mesmo assim, amanhã, não deixem de votar!
E, com ternura, ficamos por aqui.

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