1. Obama continua a sua visita pela Rússia. Várias são as notícias que relatam pormenores do encontro diplomático – o primeiro de Obama no país de Putin e de Medvev. Esta aproximação, que, por exemplo, já resultou num acordo de redução dos arsenais nucleares dos dois países e na retoma das actividades militares em comum suspensas desde a situação na Geórgia, é vista pelos media russos com grande cepticismo: ressaltam as divergências dos dois países, questionam o que esconderão os sorrisos e os apertos de mão e as intenções americanas: "Pode um leopardo mudar suas manchas? O curso estratégico americano permanece intacto, independente de quem ocupa a cadeira do presidente" (popular diário russo, o Moskovsky Komsomolets) As rádios emitem as declaração de Medvev e evitam as de Obama e, para terminar, uma manchete de tablóide afirma mesmo que Obama foi atropelado por ceifadeiras, uma vez que Putin, no primeiro dia do presidente americano em Moscovo, andava pelo sul do país em fábricas de ceifadeiras. Não obstante, Barack Obama incita a aproximação dos dois países, enfatizando os seus interesses comuns e a necessidade de se ultrapassar as desconfianças da Guerra Fria e passar para uma verdadeira parceria global que dê aos dois países o seu lugar no contexto internacional. A nova diplomacia americana em acção.
2. O Papa, na sua encíclica social hoje apresentada, defendeu a criação de uma autoridade política mundial, de forma a enfrentar os problemas globais com estruturas e soluções também elas globais. Há uma valorização da cooperação internacional, num contexto de crise, que poderá ser a sua solução, como temos vindo a observar. O Sumo Pontífice adianta ainda que seria desejável o desarmamento integral dos países, a garantia da segurança alimentar e da protecção do ambiente. Questiono-me sobre as suas intenções e a concretização da sua ideia de “regulação dos fluxos migratórios”. Um bom tema para quem quiser dedicar-se às 150 páginas da Encíclica de Bento XVI.
3. No seu primeiro discurso oficial, Ahmadinejad, o “novo” Presidente da República Islâmica do Irão, congratula o país pelas eleições mais livres do mundo. Uma afirmação no mínimo irónica depois de todos os acontecimentos que têm marcado o país desde o acto eleitoral. Repare-se que os confrontos têm-se dado de forma menos intensa graças ao reforço da intervenção policial, que, aliás, encerrou duas universidades para evitar manifestações lá programadas.
O líder iraniano garante, no entanto, que o país entrará numa nova fase, marcada por uma especial atenção ao emprego e à economia – áreas em que Ahmadinejad foi fortemente criticado pela oposição.
4. O Presidente da Costa Rica vai servir como mediador na crise política das Honduras. Tanto Zelaya como Micheletti concordaram com a sugestão de Clinton – na verdade, os EUA garante que pretendem o restabelecimento da paz e democracia no país. Dps tentativa zelaya voltar. Apesar da OEA ter já condenado o golpe de estado e de ter suspenso a participação das Honduras na organização, o Presidente interino não cede e impediu, através das suas Forças Armadas que Zelaya aterrasse no país.
Repare-se que Zelaya é aliado da facção esquerdista de Chávez e, por isso mesmo, os EUA dizem apoiá-lo não pela sua personalidade, mas pela sua democrática eleição e justa representação, como explica a Secretária de Estado, Hillary Clinton.
5. O governo iraquiano baniu todas as visitas organizadas ao túmulo de Saddam Hussein, depois de se aperceber que o local era um ponto de encontro de leais ao condenado líder e que várias escolas organizavam excursões com alunos para visitar o mausoléu do ex-ditador iraquiano.
6. A confusão continua na China. Dois dias depois das manifestações que originaram mais de 150 mortos e 1000 feridos, consideradas já as mais sangrentas de teor étnico na China em décadas, e apesar da presença de milhares de soldados e da polícia na região, o Governo parece incapaz de manter a calma e aliviar as graves tensões. Como resposta aos incidentes, os chineses marcharam pela cidade de Urumqi a cantar o hino e a pedir vingança. Note-se que na região de Xinjiang vivem cerca de 20 milhões de habitantes, que representam 47 grupos étnicos minoritários, sendo que o maior deles, os Uighurs, responsáveis pelos desacatos, conta com uma população de mais de 8 milhões de pessoas. Este povo islâmico da Ásia Central é apontado pelos conterrâneos chineses de estarem ligados, pelas suas intenções separatistas, ao grupo Al-Qaeda. Os especialistas são peremptórios ao afirmar que essas ligação não devem existir e, a existir, seriam muito ténues e sem força para provocar tais desordens. As organizções dos Direitos Humanos criticam a repressão brutal do Governo; os EUA apelam à calma das partes; os interessados por todo o mundo mantêm os olhos postos na China e neste barril de pólvora.
7. A reunião do G8 sobre o ambiente promete. Os EUA estão com uma nova política em relação às responsabilidades ambientais e prometem agir. Os europeus estão contentes com a mudança, como declarou Merkel, mas lamentam que os americanos talvez não estejam muito interessados em limitações de emissões rígidas e numericamente definidas. O mundo acompanhará o G8 em Itália.
2. O Papa, na sua encíclica social hoje apresentada, defendeu a criação de uma autoridade política mundial, de forma a enfrentar os problemas globais com estruturas e soluções também elas globais. Há uma valorização da cooperação internacional, num contexto de crise, que poderá ser a sua solução, como temos vindo a observar. O Sumo Pontífice adianta ainda que seria desejável o desarmamento integral dos países, a garantia da segurança alimentar e da protecção do ambiente. Questiono-me sobre as suas intenções e a concretização da sua ideia de “regulação dos fluxos migratórios”. Um bom tema para quem quiser dedicar-se às 150 páginas da Encíclica de Bento XVI.
3. No seu primeiro discurso oficial, Ahmadinejad, o “novo” Presidente da República Islâmica do Irão, congratula o país pelas eleições mais livres do mundo. Uma afirmação no mínimo irónica depois de todos os acontecimentos que têm marcado o país desde o acto eleitoral. Repare-se que os confrontos têm-se dado de forma menos intensa graças ao reforço da intervenção policial, que, aliás, encerrou duas universidades para evitar manifestações lá programadas.
O líder iraniano garante, no entanto, que o país entrará numa nova fase, marcada por uma especial atenção ao emprego e à economia – áreas em que Ahmadinejad foi fortemente criticado pela oposição.
4. O Presidente da Costa Rica vai servir como mediador na crise política das Honduras. Tanto Zelaya como Micheletti concordaram com a sugestão de Clinton – na verdade, os EUA garante que pretendem o restabelecimento da paz e democracia no país. Dps tentativa zelaya voltar. Apesar da OEA ter já condenado o golpe de estado e de ter suspenso a participação das Honduras na organização, o Presidente interino não cede e impediu, através das suas Forças Armadas que Zelaya aterrasse no país.
Repare-se que Zelaya é aliado da facção esquerdista de Chávez e, por isso mesmo, os EUA dizem apoiá-lo não pela sua personalidade, mas pela sua democrática eleição e justa representação, como explica a Secretária de Estado, Hillary Clinton.
5. O governo iraquiano baniu todas as visitas organizadas ao túmulo de Saddam Hussein, depois de se aperceber que o local era um ponto de encontro de leais ao condenado líder e que várias escolas organizavam excursões com alunos para visitar o mausoléu do ex-ditador iraquiano.
6. A confusão continua na China. Dois dias depois das manifestações que originaram mais de 150 mortos e 1000 feridos, consideradas já as mais sangrentas de teor étnico na China em décadas, e apesar da presença de milhares de soldados e da polícia na região, o Governo parece incapaz de manter a calma e aliviar as graves tensões. Como resposta aos incidentes, os chineses marcharam pela cidade de Urumqi a cantar o hino e a pedir vingança. Note-se que na região de Xinjiang vivem cerca de 20 milhões de habitantes, que representam 47 grupos étnicos minoritários, sendo que o maior deles, os Uighurs, responsáveis pelos desacatos, conta com uma população de mais de 8 milhões de pessoas. Este povo islâmico da Ásia Central é apontado pelos conterrâneos chineses de estarem ligados, pelas suas intenções separatistas, ao grupo Al-Qaeda. Os especialistas são peremptórios ao afirmar que essas ligação não devem existir e, a existir, seriam muito ténues e sem força para provocar tais desordens. As organizções dos Direitos Humanos criticam a repressão brutal do Governo; os EUA apelam à calma das partes; os interessados por todo o mundo mantêm os olhos postos na China e neste barril de pólvora.
7. A reunião do G8 sobre o ambiente promete. Os EUA estão com uma nova política em relação às responsabilidades ambientais e prometem agir. Os europeus estão contentes com a mudança, como declarou Merkel, mas lamentam que os americanos talvez não estejam muito interessados em limitações de emissões rígidas e numericamente definidas. O mundo acompanhará o G8 em Itália.
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